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Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios
O Sistema de Defesa da Floresta contra incêndios prevê o conjunto de medidas e ações de articulação institucional, de planeamento e de intervenção relativas à prevenção e proteção das florestas contra incêndios, nas vertentes da compatibilização de instrumentos de ordenamento, de sensibilização, planeamento, conservação e ordenamento do território florestal, silvicultura, infraestruturação, vigilância, deteção, combate, rescaldo, vigilância pós-incêndio e fiscalização, a levar a cabo pelas entidades públicas com competências na defesa da floresta contra incêndios e entidades privadas com intervenção no setor florestal.
A prevenção estrutural assume um papel predominante, assente na atuação de forma concertada de planeamento e na procura de estratégias conjuntas, conferindo maior coerência regional e nacional à defesa da floresta contra incêndios.
Ao Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), compete a coordenação das ações de prevenção estrutural, nas vertentes de sensibilização, planeamento, organização do território florestal, silvicultura e infraestruturação, à Guarda Nacional Republicana (GNR) a coordenação das ações de prevenção relativas à vertente da vigilância, deteção e fiscalização e à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a coordenação das ações de combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio.
2º SEMINÁRIO NACIONAL DE FITOSSANIDADE FLORESTAL

No dia 4 de novembro de 2022, decorreu em Trancoso no Auditório do Convento de S. Francisco o 2.o seminário Nacional de Fitossanidade Florestal organizado pela “Alto da Broca” – Associação de Produtores Florestais, com apoio e colaboração da Forestis.
Esteve presente a UTAD (Universidade de Trás os Montes e Alto Douro), o INIAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Vetirinária, I.P, Unidade Estratégica de Sistemas Agrários e Florestais e Sanidade Vegetal. Lisboa), o ICNF, I.P. (Instituto de Conservação da Natureza e Florestas), e o Centro PINUS.
Neste seminário estiveram presentes 55 participantes entre os quais, GNR/SPNA, GTF’s (Municípios de Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Sernancelhe e Trancoso), Associações de Produtores Florestais (APF Baixo Vouga, Piscotávora e URZE), Juntas de Freguesia (JF da Granja, UF de Mêda, Outeiro de Gatos e Fonte Longa, JF do Reboleiro, UF de Torre do Terrenho, Sebadelhe da Serra e Terrenho, UF de Vilares e Carnicães e UF Silva Escura e Dornelas), empresas como a Floponor e Sociedade Agrícola do Chão Grande, Lda., bem como pessoas em nome individual.
Durante a manhã, o professor Luis Miguel Martins da UTAD, fez uma breve apresentação sobre
a despistagem do nemátodo da madeira do pinheiro por análise laboratorial, seguindo-se a intervenção do Dr. Edmundo Sousa do INIAV, que focou a sua apresentação na evolução da doença do NMP, na dinâmica do sistema epidemiológico e sintomas associados, na estratégia de intervenção dentro e fora do hospedeiro, na redução do aparecimento de novos povoamentos afetados e novas abordagens como sejam a manipulação do pinheiro bravo com genes de resistência, finalizando com os riscos de dispersão para a Europa.
Da parte da tarde a interveniência foi feita pelo ICNF, I.P. na palavra do Eng.º José Manuel Rodrigues, o qual abordou o POSF (Programa Operacional de Sanidade Florestal), bem como os dados atuais do ICNF.
Seguiu-se a intervenção da Eng.ª Susana Carneiro Diretora Executiva do Centro PINUS, que abordou o tema da utilização de madeira com sintomas. Fez uma breve apresentação e enquadramento do Centro PINUS, falou da importância ímpar e papel que o pinheiro bravo tem para a economia no setor florestal, dizendo também que não existem evidências científicas de que o NMP afete as propriedades mecânicas da madeira do pinheiro bravo e desta forma como fator isolado contribuir para a desvalorização do valor comercial da madeira de pinho.
A última intervenção foi feita pelo Dr. Cristóvão Santos, que comparou a evolução do nemátodo com os dados do ICNF de 2018 a 2020 e 2022 com base na existência de sintomas verificadas no terreno no concelho de Trancoso, afirmando com este levantamento que existem sintomas de NMP em todas as freguesias do concelho apenas com a exclusão da freguesia dos Cótimos.
Também referiu que apesar de existirem estudos e esforço no combate da doença de murchidão do NMP, tem que existir um maior envolvimento por parte das entidades como: os GTF’s, GNR/SPNA e Juntas de Freguesia para o combate do mesmo ou pelo menos para a não evolução da doença propondo um plano de ação conjunto.
Desta forma, foi feito um desafio às entidades presentes para integrar um plano de ação, de forma a se efetuar uma atuação sensibilização e motivação para a atuação no terreno, no sentido de se proceder à identificação e abate sistemático de árvores sintomáticas, colocação estratégica das armadilhas e no final de 2023, realização de uma reunião para avaliar os diversos planos de ação das entidades envolvidas.